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quarta-feira, 29 de maio de 2013

Presidente da Faeb diz que governos estão despreparados contra a estiagem O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia, Faeb, João Martins, fez duras críticas às posturas dos governos federal e estadual no que chamou de despreparo para lidar com a questão da seca. O assunto foi alvo de uma coletiva realizada esta manhã na sede da entidade e acompanhou o desabafo pessoal do líder empresarial João Martins que chamou a situação de dramática e pediu uma mobilização de todos os baianos no enfrentamento da pior seca dos últimos 30 anos. Ele revelou que os prejuízos na agropecuária estão na faixa dos R$ 4,6 bilhões em 2012 e lembrou a queda no PIB agrícola baiano de 9% “O Bolsa Família, usado emergencialmente, está sendo bem usado, mas o ser humano é produtivo e não pode receber esmolas para sobreviver. A seca trouxe prejuízos incalculáveis às economias dos municípios. Além dos 257 municípios da região do semiárido que decretaram situação de emergência, temos conhecimento de que a seca atingiu municípios do Oeste, Extremo Sul e região Cacaueira. A situação é tão delicada que seriam necessários 10 anos para recuperar as perdas”, adianta. Ele fez menção à importância da adoção de um projeto voltado ao futuro do semiárido. “Os povos que moram em países nórdicos sofrem com a neve, mas se preparam para enfrentar a situação. Não é mais concebível que a região Nordeste não se prepare. É necessário dotar o produtor rural de assistência técnica. Trata-se de uma medida que precisa ser massificada. Muitos são semianalfabetos e necessitam de apoios”, diz. Ele chama a atenção para um maior apoio das prefeituras: “Para preservar a água para a população nessas regiões foi necessário suspender a irrigação na agropecuária. Somente a fruticultura baiana registrou perdas de R$ 1,5 bi. Há municípios que tiveram perda total de culturas. Animais e plantas não podem ficar sem água. No meio rural baiano vivem 4,5 milhões de pessoas e no semiárido vivem pelo menos 3 milhões delas. Os prefeitos precisam receber recursos para promover pequenas obras como adutoras, gerando empregos naquelas regiões ou poderemos ver um grande êxodo. Hoje as obras estão sendo tocadas pelo governo do Estado e Codevasf e isso não ajuda”, reclama e acrescenta: “As ações sociais como o Bolsa Família ajudaram mas não podem ser resumidas a isso. Há relatos de perdas de 30% na cultura da uva, sobretudo na região de Juazeiro. Há mais de 30 tipos de semiárido na Bahia e cada um deve receber um tratamento específico. O governo deve mapear as oportunidades e induzir a agroindústria”. Perdas na pecuária leiteira Sobre a pecuária leiteira Martins diz que dos 1,260 bilhões de litros de leite, os prejuízos de 35% com redução de 441 milhões de litros de leite impactou nas estratégias de autossuficiência anteriormente adotadas pela entidade e governo estadual. “Das 3,2 milhões de cabeças de gado tivemos prejuízo de 20%, nos caprinos foram retração de 40%. Nos grãos o algodão registrou prejuízos de 6%, o café arábica de 60%, café conilon de 23%, o feijão e o milho prejuízos de 90% para ambos, e a soja perda de 10%. O abacaxi registrou prejuízos de 70%, a banana 36%, laranja 40%, manga 55%, maracujá 21% e uva 30%”. Ele alertou para a saída de indústrias como empresas de laticínios que estariam inoperantes por não dispor mais de produtos – leite – para produção de iogurtes, queijos, manteigas, dentre outros, além da indústria de transformação de frutas em sucos.

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