O primeiro debate entre Dilma e Aécio neste segundo turno, da
Rede Bandeirantes, inaugurando o ciclo de quatro confrontos, foi marcado
pela repetição, com explicações idênticas, sobre os mesmos assuntos dos
encontros em primeiro turno, com algumas exceções. A primeira delas por
se tratar de um tête-à-tête apenas entre dois candidatos, sem a
obrigação de fazê-lo com candidatos que pouco tinham a dizer como
ocorreu no primeiro turno. Só este fato valeu a pena. Fora daí, como não
se podem inventar fatos, houve evidentemente repetições, alguns, no
entanto, marcados –embora já esperados - pela tensão dos candidatos,
como foi o caso do escândalo da Petrobras, sobre o qual a presidente não
tinha respostas, senão passar ao largo, porque no centro dele, estão o
PT e diretores da estatal nomeados no governo Lula. Ela recorreu à saída
pela tangente ao dizer que ela demitiu Paulo Roberto Costa (no segundo
ano do seu governo) deixando, portanto, a carga do”malfeito” sobre o
governo do seu padrinho, Lula. Aécio recebeu de igual modo, cipoadas,
mas de uma forma ou de outra todas as perguntas feitas pelos contendores
primavam pela mesmice. Enrolou-se, é certo, com o aeroporto do tio-avô e
o nepotismo familiar. Se os candidatos tinham ou têm munição nova,
creio que ambos guardaram para o último debate, o da Globo, que ocorrerá
na sexta-feira antes das eleições. Este define. Os demais serão
esquecidos e perderão o encanto. Houve, entretanto, um visível
nervosismo. Dilma tensa e de cara amarrada como se esperasse uma bomba
atômica cair sobre ela. Aécio perdeu a verve que normalmente exibe na
campanha que realiza. Debate chato.
Nenhum comentário:
Postar um comentário