Bonde de Wagner: Rui Costa é estrela, Gabrielli excluído, Caetano sai antes e Pinheiro não vai
por Rodrigo AguiarFoto: Carol Garcia / Governo da Bahia
A cerimônia de assinatura da concessão
do sistema metroviário de Salvador e Lauro de Freitas deixou clara a
diferença de tratamento recebida pelos pré-candidatos do PT ao governo
estadual. Preferido de Lula e Dirceu para disputar a sucessão de Jaques Wagner
pelo Partido dos Trabalhadores, o secretário estadual de Planejamento,
José Sérgio Gabrielli, não teve assento reservado junto à presidente
Dilma Rousseff, apesar de o Procedimento de Manifestação de Interesse
(PMI) do metrô – quando se iniciava a discussão do modal – ter sido
tocado pela sua pasta, na época comandada por Zezéu Ribeiro. O
ex-presidente da Petrobras ficou na plateia, entre prefeitos,
vereadores, deputados e outros políticos e gestores. Já o secretário da
Casa Civil, Rui Costa, teve posição de destaque no palco. Apontado como o favorito de Wagner
para substituí-lo no posto máximo do Executivo estadual, o petista
colheu os louros do metrô e ficou entre os “convidados especiais” do
evento, entre deputados federais, senadores e ministros, além do próprio
governador e da presidente. Com o contrato da parceria público-privada
assinado, a estratégia de associar o chefe da Casa Civil ao metrô deve
permanecer, caso sua candidatura seja efetivada. Por meio de nota, o
senador Walter Pinheiro, outro pré-candidato petista, explicou que uma
mudança na programação da visita presidencial a Salvador e Vitória da
Conquista e votações importantes no Senado impediram sua participação. A
senadora Lídice da Mata (PSB), por sua vez, esteve no Gran Hotel Stella
Maris. Já o ex-prefeito de Camaçari Luiz Caetano também participou da
cerimônia de forma discreta e nem ficou até o final. Considerado azarão
na disputa interna do PT, o antigo gestor foi a um evento de professores
em Lauro de Freitas, agendado anteriormente.
Quarta, 16 de Outubro de 2013 - 00:00
Brust: 'Nilo vai ser candidato' com ou sem indicação de Wagner; 'PDT não pode ser humilhado', diz Lupi
por Sandro FreitasFoto: Divulgação
O PDT terá um candidato a governador mesmo sem a indicação do
atual ocupante do cargo, Jaques Wagner (PT). O nome do escolhido pela
legenda para concorrer ao Palácio de Ondina é o do presidente da
Assembleia Legislativa, Marcelo Nilo, que “independentemente” de ser o
nome indicado pelo “técnico”, estará nas urnas em 2014. Apesar de o
próprio Nilo preferir manter o tom de que “tenta viabilizar ser o
candidato da base”, o presidente do PDT, Alexandre Brust, garantiu ao
Bahia Notícias que “não existe hipótese de o partido não ter candidato
ao governo do Estado”. O cenário já está desenhado, pois apesar de os
pedetistas não admitirem que o postulante de Wagner será petista, a
decisão já foi tomada (ver aqui, aqui, e aqui).
Nilo preferiu não especular o que faria neste cenário, mas Brust não
escondeu que decisão será tomada. “Aí Marcelo Nilo será candidato
independente, até porque temos dois turnos e podemos nos juntar lá na
frente. Lídice [da Mata, senadora do PSB-BA] também é candidata para dar
palanque a Eduardo [Campos, presidente nacional do PSB] e diz que o
governador dela continua sendo Jaques Wagner. Nós não admitiremos a
hipótese de ficar fora da majoritária. Pretendemos a cabeça, mas se não
houver espaço, evidentemente que Nilo é candidato”, garantiu Brust. A
chapa majoritária tem três vagas: governador, vice-governador e senador.
O primeiro será petista e o terceiro terá como candidato o atual vice
de Wagner, Otto Alencar (PSD). A vaga de vice está em aberto, mas o
presidente do PP na Bahia, deputado federal Mário Negromonte, assegura que o posto foi prometido a ele pelo chefe do Executivo baiano, apesar de recentemente ter criticado o PT.
Foto: Reprodução - Marcelo Nilo / Facebook
Apesar de negar uma possível insatisfação com a falta de espaço
na chapa para o PDT, o presidente da legenda na Bahia concordou com o
líder nacional pedetista, Carlos Lupi, que considerou a ausência da
sigla entre os indicados uma “humilhação” e afirmou que a legenda não
está “para brincadeira”. Alexandre Brust falou ao BN que o PDT pode até
“ficar fora da majoritária da base do governo”, mas alegou que
Negromonte “falou o que ele espera acontecer”. Em contato com o BN,
Marcelo Nilo manteve o discurso de que não ouviu da boca de Wagner que o
candidato será petista e aguarda “o passar da água debaixo da ponte”.
Nesta terça-feira (15), o presidente da AL-BA realizou um “encontro de
amigos”, que ele diz não ter sido um evento para reforçar a corrida pelo Palácio de Ondina,
mas sim uma apresentação das diretrizes do PDT para 2014. Segundo Nilo e
Brust, o evento contou com mais de 600 pessoas, de diversos partidos e
cidades do estado. Muitos correram do Gran Hotel Stella Maris, onde a
presidente Dilma Rousseff participou da assinatura da concessão do metrô
(ver aqui e aqui),
para o churrasco pedetista. Entre eles, o líder do governo na
Assembleia, Zé Neto (PT); o presidente estadual petista, Jonas Paulo;
além de prefeitos e parlamentares baianos. Também estiveram presentes o
líder da oposição na AL-BA, Elmar Nascimento (DEM); o presidente baiano
do Democratas, Paulo Azi; e Lupi. “Minha candidatura é suprapartidária,
não é exclusiva do PDT”, declarou Nilo. Em 2012, na eleição de Salvador,
o PDT bateu pé firme de que teria candidatura, cogitou postular a
vice-prefeitura com Nelson Pelegrino (PT) e acabou de mãos abanando, com apenas um vereador eleito – Odiosvaldo Vigas.
Quarta, 16 de Outubro de 2013 - 00:00
A cidade encurralada
por Ricardo LuzbelFoto: Reprodução
A
decisão do Pleno do Tribunal de Justiça remete ao limbo que são todas
as leis aprovadas na gestão de ACM Neto. A manutenção da
inconstitucionalidade da Lei de Ordenamento do Uso e da Ocupação do Solo
(Louos) por desobediência ao Art. 64 da Constituição Estadual, por
inexistência de audiências públicas, exigirá que tanto o Código
Tributário, recém-aprovado, quanto a lei que reformou os valores do VUP
para efeito de cobrança do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU),
terão que retornar à Câmara Municipal de Salvador (CMS) para efetivar as
audiências públicas não realizadas. Com a anulação do PDDU de 2012,
passa a vigorar o plano de 2008. Nele consta o poder deliberativo do
Conselho da Cidade e, mais ainda, todas as obras de mobilidade urbana
terão que ser submetidas ao colegiado. Isto significa paralisar de
imediato as obras do Imbuí, a duplicação da Avenida Orlando Gomes,
duplicação da Avenida Pinto de Aguiar e Gal Costa, todas as obras do
metrô, as obras da prefeitura na Barra, a nova Avenida 29 de Março e por
aí vai, até o conselho se manifestar.
Quarta, 16 de Outubro de 2013 - 00:00
Guerra de Titãs: Novo imbróglio na briga de Dantas e Pessoa
por Ricardo LuzbelFoto: Divulgação
A briga
entre os empresários baianos Marcelo Pessoa e Daniel Dantas pela Brasil
Exploração Mineral S.A. (Bemisa), ganhou novos capítulos e mais
personagens. Depois de deferir protesto judicial apresentado contra
Dantas pela tomada dos direitos de Pessoa na GME4 e na Bemisa, a Justiça
da Bahia recebeu uma nova ação. Na 10ª Vara Cível de Salvador, Eleonora
Pessoa, esposa de Marcelo, reclama o desfazimento de operações que, nas
duas mineradoras, responsáveis por investimentos de mais de R$ 2
bilhões, atingiram o patrimônio da família. No Rio de Janeiro, os
Correios já citaram Daniel Dantas, o Opportunity e as mineradoras. Mas,
em vez de voltar para a Bahia, a citação sumiu. A Justiça agora quer
saber onde ela foi parar.
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