Entre as obras tocadas com recursos do Orçamento da União, um dos destaques é a Ferrovia Transnordestina, que deveria estar pronta no fim do ano passado, com 1.728km implantados. Iniciada em maio de 2006, com orçamento de R$ 4,5 bilhões, avança em ritmo lento. O ano findou com apenas R$ 2,1 bilhões investidos. O preço já subiu para R$ 5,4 bilhões, e o novo prazo de conclusão é 2012.
Habitação
No lançamento do PAC, o governo previu concluir as obras de habitação e saneamento das grandes e médias cidades até o fim de 2010. Seriam investidos R$ 48 bilhões. Mas esse prazo foi sendo dilatado a medida que os atrasos eram constatados. No primeiro ano (2007) houve apenas a apresentação e a análise de projetos pelos estados e municípios. O orçamento para habitação (R$ 18,6 bilhões) teve execução de 47%. Na área de saneamento básico, foram investidos somente 44% dos recursos previstos (R$ 29,6 bilhões).Na maior obra de urbanização, nas favelas das represas Billings e Guarapiranga, ambas em São Paulo, foi paga apenas a metade da verba prevista: R$ 873 milhões. Na urbanização da favela da Vila Estrutural, em Brasília, avaliada em R$ 73,6 milhões, a execução ficou em 40%. A ampliação dos sistemas de abastecimento de água do DF e do Entorno tem orçamento de R$ 304 milhões. Serão beneficiados moradores do Gama, de Santa Maria, de Luziânia (GO, de Valparaíso (GO), da Cidade Ocidental (GO) e de Águas Lindas (GO). Mas apenas R$ 52 milhões foram pagos até o fim do ano passado.
Os atrasos foram maiores nas obras de saneamento básico. No projeto de ampliação dos sistemas de esgoto sanitário de Porto Alegre, de Canoas e dos municípios do Vale dos Sinos — todos no Rio Grande do Sul —, a execução ficou em 25%. Dos R$ 671 milhões orçados, R$ 483 milhões ficaram para o novo governo. Mais grave é a situação da construção do sistema de esgotamento sanitário de Porto Velho (RO), estimado em R$ 554 milhões. Até o fim de 2010, foram executados apenas 3% desse valor. O TCU incluiu o projeto na lista de obras com irregularidades graves e recomendou a sua paralisação. O tribunal exigiu a readequação do projeto básico e ajustes na planilha de preços.
Seis eixos
Nenhum comentário:
Postar um comentário