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sábado, 18 de dezembro de 2010

Economistas divergem sobre taxa ideal de desemprego para o país

Com a menor taxa de desemprego nos últimos oito anos, a discussão se já chegamos ao pleno emprego ganha força. Não há consenso. Há economistas que já vêm a taxa de desemprego no seu piso, a ponto de pressionar a inflação, em alta nos últimos meses. Há economistas, como Lauro Ramos, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que dizem ser difícil mensurar esse patamar ideal de desemprego:

- Seria necessário série histórica mais longa, mas a PME (Pesquisa Mensal de Emprego nova começou em 2002) foi descontinuada e não nos permite afirmar isso. Uma taxa de 5,7% é difícil de se manter e com a qual ninguém sonhou há anos atrás.

Enquanto o economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale, diz que já estamos até abaixo desse limite.

- Essa é uma das razões para pressão inflacionária recente - diz ele.

Mas a qualidade do mercado de trabalho brasileiro ainda deixa muito a desejar. Os desempregados, na sua maioria, estão desprotegidos, sem seguro-desemprego, pois não saíram do mercado formal.

O desemprego brasileiro caiu para 5,7% em novembro, ante 6,1% em outubro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira. Foi o menor patamar da série histórica iniciada em março de 2002. Economistas consultados pela Reuters projetavam uma taxa de 5,9%.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que não esperava estar vivo para assistir a uma taxa de desemprego semelhante ao de países ricos .

Quando assumiu, em 2003, a taxa de desemprego mensal nas principais regiões do país batia em 13% e a renda caía, com aumento da informalidade. O mercado de trabalho sofria os efeitos dos juros altos, da inflação e da baixa atividade econômica.

Em novembro, a população desocupada atingiu 1,359 milhão de pessoas, o menor patamar desde 2002, com queda de 5,9% sobre outubro e de 20,7% contra novembro do ano passado.

A população ocupada somou 22,4 milhões de pessoas, uma leve alta de 0,2% mês a mês e um avanço de 3,7% ano a ano.

Nas regiões metropolitanas investigadas, a taxa do Rio de Janeiro foi uma das menores, com o nível de desemprego em 4,9%, maior apenas que a de Porto Alegre, de 3,7%.

A maior taxa em novembro ficou com Salvador (9,4%). Na sequência, apareceu Recife (8,4%). Na casa de 5%, ficaram São Paulo, com taxa de desocupação de 5,5%, e Belo Horizonte, onde o indicador correspondeu a 5,3%.

O rendimento médio do trabalhador brasileiro recuou 0,8% na comparação mensal e subiu 5,7% na anual, atingindo R$ 1.516,70.

Dados divulgados nesta quinta-feira do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), mostraram que a economia brasileira criou 138.247 postos de trabalho com carteira assinada em novembro, a segunda melhor marca para o mês da série iniciada em 1992. Foram 1.576.872 admissões e 1.438.625 desligamentos. 

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