O aumento dos depósitos compulsórios e as outras medidas anunciadas pelo Banco Central nesta sexta-feira para enxugar a liquidez da economia "são muito acertadas" por evitar que a oferta de crédito "não passe dos limites", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
O governo elevou o compulsório sobre depósitos à vista e a prazo, reduzindo os recursos que os bancos têm disponíveis para emprestar, e tornou mais caro para as instituições oferecer crédito de longo prazo às pessoas físicas .
"O aumento do compulsório tira um pouco de liquidez do crédito", disse Mantega. "O crédito cresceu muito ultimamente. A demanda já está num patamar satisfatório."
"É claro que isso vai encarecer um pouco o crédito, mas nesse momento em que há uma expansão é oportuno fazê-lo."
Como as medidas terão impacto sobre a política monetária, encarecendo o custo dos empréstimos, o mercado praticamente descartou uma alta da taxa básica de juros na semana que vem.
Sem comentar a política de juros do Banco Central, Mantega acrescentou que "as autoridades monetárias têm que olhar para as mudanças conjunturais".
"Passamos por um período de restrição de crédito no passado. Isso foi totalmente superado, o setor privado já voltou com força no crédito... Nós temos que evitar que haja exageros, então as medidas foram bastante adequadas", disse Mantega.
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