Partidos menores tramam unir forças contra Planalto

A demora de Dilma Rousseff em ceder as verbas e os cargos reivindicados por seus “aliados” produziu uma cizânia na coligação governista. Legendas menores tramam nos subterrâneos da Câmara reunir forças para se contrapor ao poder de fogo do PT e do PMDB. Queixam-se de que o Planalto só tem ouvidos para os sócios majoritários da coligação, desprezando o resto. Comandam o movimento lideranças do PP, PR e PTB. Buscam a adesão de legendas nanicas. Esperam reunir uma tropa de 122 deputados. Partem do pressuposto de que, juntos, exibirão uma musculatura que forçará o governo a dar-lhes a atenção que julgam merecer. Consolidando-se o movimento, os minoritários governistas teriam mais votos que os 88 da bancada do PT. Bem mais que os 79 do PMDB. Hoje, o PP move-se sozinho na Câmara. Tem 41 votos. O PR está enganchado num bloco que congrega outras seis legendas. São elas: PRB, PTdoB, PRTB, PLP, PHS e PTC. Essa sopa de letras junta num mesmo caldeirão 64 deputados.


Wagner dialoga com o PDT e faz últimos ajustes


Conforme a Tribuna antecipou nas últimas semanas, o governador Jaques Wagner (PT) deve completar a formatação dos cargos de segundo e terceiro escalão até o início da próxima semana. As conversas com os partidos da base estão acontecendo e o que se ouve, em coro, é que “está tudo tranquilo”. Wagner está tratando pessoalmente a questão em encontros individuais com os presidentes e os deputados de cada partido aliado. Ontem foi a vez do PDT. O dirigente estadual da legenda, Alexandre Brust, afirmou à reportagem que a reunião teve como objetivo fazer um balanço do desempenho da legenda com as secretarias que comanda. “O encontro foi bom, deu para a gente trocar algumas figurinhas. O governador se disse satisfeito com a administração do PDT na pasta da Ciência e Tecnologia (Secti) e com a CBPM (Companhia Baiana de Pesquisa Mineral, comandada pelo próprio Brust)”, disse o dirigente.

Caetano debate pré-sal e Emenda 29 em Brasília


O presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB), prefeito de Camaçari, Luiz Caetano, participa de reunião hoje em Brasília juntamente com os presidentes das demais associações estaduais de prefeituras e com o presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, para debater a distribuição dos royalties do pré-sal, a aprovação da Emenda 29 e a dívida dos municípios com a Previdência. Estando entre os principais articuladores para que a distribuição do pré-sal seja feita com base no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) dos municípios, Caetano afirma que “esta é a maneira mais justa de distribuir a riqueza nacional, dando mais para quem mais precisa. Se fizermos isso, estaremos dando um grande passo para acabar com a desigualdade social que há em nosso país. O pré-sal não é de um ou outro estado, mas sim do país inteiro, por se tratar de uma riqueza nacional”.

Madre de Deus: Oposição pode assumir prefeitura caso Erenita seja cassada pelo TRE


A decisão do Tribunal da regional Eleitoral da Bahia (TER-BA) sobre o processo de cassação da prefeitura de Madre de Deus, Erenita oliveira (PMDB), pode levar à gestão do município um nome de oposição. Ontem. O atual presidente da Câmara de Vereadores, Jefferson de Andrade (PR), comemorava a decisão do juiz Mário Caymmi, da 8ª Cara da Fazenda Pública, que julgou a eleição para presidência da Casa – objeto de disputa entre dois candidatos desde 2010 – assunto exclusivamente da alçada da Câmara. Como Andrade teve cinco dos nove votos no último pleito, já se considera presidente e, portanto, eventual substituto de Erenita se esta for cassada.

“Não há local em que a PM não entre”, diz Coronel Alfredo Castro


Prestes a completar dois meses no comando geral da PM (na qual ingressou em 1978), o coronel Alfredo Castro concedeu entrevista exclusiva ao A Tarde ontem. Entre outros assuntos, anunciou a instalação de um centro de valorização do policial militar, com atendimento psicológico e jurídico, onde hoje está a 39ª CIPM, no Costa Azul. Esta vai para a Boca do Rio.