Prefeito mantém palavra de não aumentar a tarifa de ônibus
Cátia Lima
- Lúcio Távora | Ag. A TARDE
ACM Neto garante que não haverá aumento até o final do ano
A decisão de não aumentar o preço da passagem de ônibus de Salvador em 2013 continua sendo mantida pelo prefeito ACM Neto.
A informação foi passada nesta segunda-feira, 17, pela assessoria da Prefeitura de Salvador, que informou que, apesar do reajuste de 9% no salário dos rodoviários, a passagem permanecerá no valor de R$ 2,80 até o final do ano.
Após o anúncio de reajuste, o Sindicato dos Rodoviários no Estado da Bahia decidiu suspender a greve que estava marcada para a madrugada desta terça, 18.
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Em março, o prefeito ACM Neto anunciou, em coletiva à imprensa, que não haveria alta na tarifa dos coletivos da cidade, e que o empresariado compensa eventuais perdas provocadas pelo Domingo é Meia com o aumento da demanda.
O prefeito também salientou que o processo para nova concessão às empresas que vão operar o setor aconteceria ainda este ano.
Para o assessor de relações do trabalho do sindicato dos empresários (Setps), Jorge Castro, o aumento não foi um bom acordo. "A decisão só favoreceu os rodoviários. Estamos fazendo um sacrifício muito grande para evitar conflitos e beneficiar a população", disse o diretor.
O prefeito também salientou que o processo para nova concessão às empresas que vão operar o setor aconteceria ainda este ano.
Para o assessor de relações do trabalho do sindicato dos empresários (Setps), Jorge Castro, o aumento não foi um bom acordo. "A decisão só favoreceu os rodoviários. Estamos fazendo um sacrifício muito grande para evitar conflitos e beneficiar a população", disse o diretor.
"Se a passagem de ônibus aumentar, o povo deve ir às ruas e lutar por direitos. Em Porto Alegre, os governantes viram que o bicho tava pegando e desistiram de aumentar a tarifa", opinou o estudante Max Barreto.
Após reunião no último domingo (16), líderes do movimento #VemPraRuaFSA organizam um protesto para a próxima quinta-feira (20), às 16h, em Feira de Santana. Segundo o Jornal Grande Bahia, uma marcha já foi realizada no dia do primeiro encontro, com a presença de aproximadamente 100 pessoas. O grupo se concentrou em frente ao Palace Hotel e foi em direção à Praça de Alimentação, na Avenida Getúlio Vargas, onde houve debate e estabelecimento de uma pauta de reivindicações sobre o transporte público municipal. Entre elas, está a redução da tarifa – atualmente de R$ 2,50 – e o aumento da frota de ônibus e vans alimentadoras dos terminais. Na quinta, haverá concentração na praça do colégio Gastão Guimarães, no centro da cidade, e a marcha deve seguir mais uma vez pela Avenida Getúlio Vargas.
Terça, 18 de Junho de 2013 - 09:00
Coluna A Tarde: A crise em tempo de revolta
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Afinal, aconteceu. A primeira geração pós-ditadura militar emitiu um grito preso que percorreu as principais capitais do País para anunciar que na não aguenta mais; que não é esse o Brasil que se quer, com partidos movidos pelo dinheiro, com acordos entre o Executivo e o Legislativo num jogo deprimente de corrupção aberta e impune; com a violência comandando as populações das capitais com assaltos, homicídios, insegurança. A última manifestação cidadã, a dos caras-pintadas, que derrubou Fernando Collor do poder, tinha um objetivo determinado: construir um democracia limpa, sem corrupção num Brasil novo. Aquela geração nasceu nos anos 70, quando os militares comandavam a ditadura, quando se torturava, quando não havia direitos individuais nem liberdade. Esta de agora que ocupa as ruas demorou a explodir e fazer o que a todo o jovem compete. Lutar por um País prometido e que não aconteceu. Dominado por uma casta de políticos sem ética, integrantes de partidos sem ética, assistindo à troca de favores, a gastos públicos descomunais; ao erário assaltado, as grandes incorporações incrustadas nos ministérios, sugando o que podem. Haveria de acontecer e, de repente, aconteceu a revolta com se houvesse de cima uma voz de comando ecoando por toda a Nação. Mas não há lideranças, não há comandos. O que existe mesmo é uma revolta geral que haveria de explodir para não continuar ouvindo mentiras de políticos, de autoridades do Executivo e de instituições tortas. Foi uma explosão e tanto! A presidente Dilma jamais deixará de recordar das vaias que reverberam na sua cabeça, brindada que foi quando apareceu em público para inaugurar um estádio caríssimo, numa cidade que não tem futebol. Mané Garricha foi um jogador simples, ingênuo. Não precisava ter seu nome num estádio colossal de custo absurdo. A nova geração nascida em plena democracia abriu o peito num só grito, de norte a sul, a pretexto de qualquer coisa, de R$0,20, de um passe livre, de transporte coletivo correto, de qualquer coisa que significasse a presença deles nas ruas das grandes cidades para contestar com o Brasil que não aconteceu como prometido. Os primeiros movimentos foram reprimidos violentamente pela Polícia Militar, que atirava em quem quer que fosse, em jornalistas, inclusive, espancava namorados com bombas de gás, spray de pimenta. E tudo isso aconteceu também aqui em Salvador, há duas semanas, num protesto de alunos de medicina e professores do FTC que não recebiam salários. Foram violentamente reprimidos e o governo justificou a violência como necessária. Nos movimentos de ontem, as autoridades entenderam que a violência não era a solução. O que se viu foram protestos pacíficos de jovens que não deram margem à repressão. Houve, é certo, desmandos, praticados por grupos de vândalos no Rio de Janeiro, alguns, sem dúvida nenhuma, infiltrados por ser a infiltração uma das regras para reprimir. Houve vândalos, sim. O certo é que a nova geração da democracia não aceita o sistema que está implantado, enriquecendo bandidos; o PT mandando em tudo e empregando todos; o Congresso cometendo insensatez, aumentando as vantagens que recebem seus membros do erário, e os corruptos soltos, leve, em voo livre como aves de rapina. A presidente, ora a presidente! Tudo o que tem na cabeça são vaias e a sua reeleição, se a conseguir, no próximo ano. Enquanto a administração continua errada, sem reforma, com um PIB depravado e uma inflação incontida.
Terça, 18 de Junho de 2013 - 08:40
Salvador registra em 15 dias volume de chuva previsto para todo o mês de junho
Imagem: Reprodução/TV Bahia
Em um período de 15 dias, Salvador registrou 251 milímetros de chuva, volume previsto para todo o mês de junho. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), apenas nesta segunda-feira (17), choveu na capital o equivalente a 61,8 mm, o que provocou mais de 150 ocorrências, entre alagamentos, deslizamentos de terra, desabamentos e bloqueio de vias. O prefeito ACM Neto esteve na avenida Contorno nesta segunda e lamentou o deslizamento que aconteceu no domingo (16) e provocou a interdição do local. “Infelizmente o que não foi feito nos últimos anos acaba tendo impacto agora”, comentou. As próximas ações previstas para a área são o levantamento topográfico do local e o desenvolvimento de um projeto de contenção. A pista marginal em frente ao restaurante Amado, no sentido Comércio, já está liberada, mas a orientação da Transalvador é que os motoristas evitem trafegar na via. Como alternativas, a recomendação é utilizar o Túnel Américo Simas e a Ladeira da Montanha. Informações do Correio.
Terça, 18 de Junho de 2013 - 08:30
Otto Alencar descarta aumento na tarifa dos ônibus metropolitanos
O vice-governador e secretário de Infraestrutura, Otto Alencar, descartou nesta segunda-feira (17) qualquer aumento na tarifa dos ônibus metropolitanos devido ao acordo salarial firmado entre patrões e empregados, que impediu a greve na capital baiana. “Não haverá aumento de tarifa de ônibus metropolitano, que é de responsabilidade da Agerba”, declarou Otto. De acordo com o secretário, a desoneração em 3,65% do PIS/Cofins – medida adotada pelo governo federal – beneficia as empresas do setor com um impacto significativo de aproximadamente 9% na folha de pagamento. “Diante disso, por recomendação do governador Jaques Wagner, está afastada qualquer possibilidade de aumento na tarifa do transporte coletivo de passageiros”, declarou o vice-governador.
PT critica Benito e defende apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff
por
Daniela Pereira
Publicada em 18/06/2013 03:17:02
As declarações do presidente nacional do PTB, Benito Gama, de rejeitar apoio automático do partido à presidente Dilma Rousseff na disputa das eleições de 2014 foi criticada pelo Partido dos Trabalhadores (PT) na Bahia. De acordo com lideranças da sigla, “quem integra um partido precisa defender o projeto até o fim”. Em entrevista exclusiva à Tribuna, o substituto do delator do mensalão, Roberto Jeferson, na presidência nacional do PTB, ressaltou que, apesar de o partido integrar a base governista, o apoio à reeleição de Dilma dependerá de gestos do Planalto e da abertura de espaços na máquina federal.
Com a indicação do baiano Benito Gama para a vice-presidência do Banco do Brasil, o PTB, que estava com relação estremecida com o PT desde os relatos do mensalão feito por Jefferson, passou a integrar a base do governo federal. Contudo, Gama não garantiu apoio automático à petista nas eleições presidenciais e ressaltou já ter sido procurado pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos, que é candidatíssimo, e pelo tucano Aécio Neves.
De acordo com o presidente estadual do PT na Bahia, Jonas Paulo, quem está na base de governo do PT tem obrigação de defender e apoiar o partido. “Não posso ser de um governo e não defender sua candidatura. Quando entro em um partido, obviamente, preciso estar para incorporar o projeto dele. Não tenho como comentar as declarações de Benito Gama porque não vi, mas afirmo que isso não existe. Quem está na base governista precisa defender o projeto e a reeleição até o fim”, garantiu o petista.
PTB estadual garante apoio ao PT
Pensando em voos mais altos para a sigla, Benito disse que o PTB espera a indicação de um ministério. “O PTB precisa de espaço para expor suas ideias, precisa de um ministério. Esse é o grande pleito que as bancadas têm hoje junto ao governo federal”, disse. Na Bahia, o PTB selou a aliança com o governador Jaques Wagner, que foi, inclusive, o elo de ligação com a presidente da República.
Em entrevista a Emmerson José e Alex Ferraz na Rádio CBN nessa segunda-feira (17/6), o deputado federal Antônio Brito (PTB), presidente da Frente Parlamentar de apoio às Santas Casas, Hospitais e Entidades Filantrópicas, disse que a tendência é que o partido continue ao lado do PT, pelo menos na bancada federal, mas que a decisão nacional será respeitada pelos integrantes da legenda. “Eu estou aguardando a posição final do governo, mas a tendência é que o partido vá apoiar a presidenta Dilma. Evidente que quem conduz o partido atualmente é Benito Gama e, sobre as decisões que ele tomar, evidente que o partido irá se posicionar”, explicou, ressaltando que o partido é da base do governo de Dilma, mas que 2014 será definido em 2014. “Benito é presidente em exercício do partido, que já deu posição. A bancada do Senado queria ser da base do governo. Não temos dúvida que vamos atuar pelo governo e a tendência da bancada é de manter apoio”, garantiu. Segundo Jonas Paulo, o projeto do PT precisa ser incorporado pela base governista. “A incorporação deve ocorrer não somente por ser aliado, mas pelo fato de o projeto ser o melhor para o Brasil. Este é o projeto da mudança, dos valores e da estratégia”, disse.
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