Governo já avalia como punir deputados infiéis
No dia seguinte à vitória expressiva do governo na votação do valor do salário mínimo na Câmara, os interlocutores políticos da presidente Dilma Rousseff avaliam as medidas a serem tomadas contra os deputados infiéis. Uma decisão é clara: não haverá perdão. Os primeiros alvos de cobrança serão o PDT, do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, e os dissidentes do PT. No caso petista, as punições não serão apenas para os dois que votaram a favor do mínimo de R$ 560, como também aos deputados ausentes na sessão. Um interlocutor político de Dilma resumiu a linha a ser adotada com a base. – A fidelidade terá de ser total. Sem isso, não tem por que estar presente no governo. O governo contou com 361 votos contra 120 e 11 abstenções para derrubar a emenda que previa o mínimo de R$ 560, valor maior do que os R$ 545 concedidos no projeto da presidente Dilma. Entre os partidos da base, foram 16 votos contra o governo entre os 492 deputados que participaram da votação.
O site do Partido Progressista de São Paulo foi hackeado na noite de quinta-feira. Ao entrar na página principal do partido, uma foto do deputado federal reeleito Paulo Maluf (PP-SP) aparecia com as frases: “Maluf procurado pela Interpol. Vivo ou Morto”. A página hackeada ainda dizia: “Você não pode confiar, você não pode perdoar. Você faz a diferença! Lute pelos seus direitos!”. A mensagem é uma referência à página da Interpol que classifica Maluf como um criminoso procurado. O pedido de prisão foi expedido por um tribunal de Nova York. Flávio Maluf, filho do deputado reeleito, também está na página da Interpol. A Justiça brasileira absolveu Maluf, que permitiu que o deputado fosse reeleito mesmo com a lei da Ficha Limpa. O hacker se identificou como TRON e disse que foi patrocinado pelo Partido Verde. O G1 entrou em contato com o PP de SP e eles não sabiam que o site havia sido hackeado.
Site do Partido Progressista de São Paulo é hackeado
STJ aumenta indenização de colunista para filha de Lula
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) aumentou em dez vezes a indenização que o colunista Gilberto Luiz di Pierro, conhecido como Giba Um, terá de pagar a Lurian Cordeiro Lula da Silva, filha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A condenação chega agora a R$ 100 mil. O ministro Luis Felipe Salomão afirmou que a cifra estipulada inicialmente não cumpre os dois objetivos de “desestímulo” e “compensação”. Na decisão, o ministro levou em consideração a gravidade do dano causado por notícias consideradas “de forte carga valorativa” sobre Lurian e o ex-prefeito da cidade de Blumenau (SC) Décio Nery de Lima. Além disso, Salomão aponta a reincidência das publicações e a posição profissional e social dos envolvidos. O colunista publicou em seu blog notícias que, conforme a decisão do ministro, fazem parecer que Lurian foi beneficiada “de forma escusa” pelo ex-prefeito de Blumenau, que é do PT. Na época da publicação dos textos, de dezembro de 2001 a janeiro do ano seguinte, Lula concorria ao seu primeiro mandato de presidente da República.
Decreto enxuga Casa Civil e deixa o órgão mais político
A presidente Dilma Rousseff transferiu nesta sexta-feira à Secretaria Geral da Presidência, comandada pelo ministro Gilberto Carvalho, uma série de atribuições burocráticas antes de responsabilidade da Casa Civil. A medida dá seguimento à intenção do ministro Antonio Palocci de transformar o órgão em um braço de assessoramento político e técnico à presidente. O decreto publicado hoje no “Diário Oficial da União” põe sob responsabilidade da pasta de Carvalho a Secretaria de Administração –responsável por todas as licitações ligadas ao dia a dia do Palácio do Planalto. Também saiu da Casa Civil a Secretaria de Controle Interno, que tem, entre suas atribuições, a realização de auditorias sobre o uso de recursos federais por órgãos e entidades públicos e privados. Com o enxugamento da Casa Civil, o órgão perde 224 cargos para a Secretaria Geral.
Nenhum comentário:
Postar um comentário