Wagner: "Em Recife, o PT acabou com o PT. Foi um rol de trapalhadas"
"Em Recife, o PT acabou com o PT. Foi um rol de trapalhadas", afirmou Wagner, sobre o conflito que resultou na divisão da legenda, no rompimento da aliança com o PSB e no fim da hegemonia local. O senador Humberto Costa acabou saindo candidato após impasse entre o atual prefeito, João da Costa, e o ex-secretário estadual Maurício Rands, que chegaram a disputar prévias partidárias, mas cujo resultado foi contestado na Justiça.
Costa acabou em terceiro lugar, com 17% dos votos. Geraldo Julio (PSB), apadrinhado pelo governador pernambucano Eduardo Campos, venceu a eleição de Recife no primeiro turno com 51% dos votos. O governador baiano se disse contrário às prévias, "desta maneira, em qualquer lugar", e afirmou que "já viu muito prefeito com alta rejeição" conseguir driblar isso e obter a reeleição ao final da campanha.
Em entrevista à Folha de S.Paulo, em setembro, Humberto Costa declarou que o ex-presidente Lula havia sugerido seu nome para alguém com mais experiência "resgatar um projeto político" para a cidade. Wagner negou a influência de Lula na escolha.
Sobre o rompimento com o PSB, presidido por Campos, Wagner disse que ele "tem potencial" para tentar a Presidência da República em 2014, mas contemporizou. "O PSB é aliado nosso de primeira ordem. Não acho correto eleger como oposição. Quanto mais fizer um jogo combinado [com o PT], melhor." "Não acredito em trama. Acho que houve uma infeliz coincidência nos casos de Recife, Fortaleza e Belo Horizonte", disse. Em Fortaleza, o PT de Elmano de Freitas disputará o segundo turno com o PSB de Roberto Claudio. Na capital mineira, o senador Aécio Neves (PSDB) virou o fiador da candidatura de Marcio Lacerda (PSB), que também ganhou no primeiro turno. "Eduardo Campos tem direito de se articular [para 2014]", disse Wagner. "Agora, vai se juntar com Aécio? Me consta que Aécio [também] quer ser presidente."
Tribuna da Bahia
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